Poster (Painel)
146-1 | Análise microscópica da adesão microbiana em lâminas de PET em água salobra | Autores: | Pessanha, R.A. (IFES-VITÓRIA - Instituto Federal do Espírito Santo - Vitória) ; Ribeiro, S.S.S. (IFES-VITÓRIA - Instituto Federal do Espírito Santo - Vitória) ; Santos, P.A.D. (IFES-VITÓRIA - Instituto Federal do Espírito Santo - Vitória) ; Aquije, G.M.F.V. (IFES-VILA VELHA - Instituto Federal do Espírito Santo - Vila Velha) ; Korres. A.M.N. (IFES-VITÓRIA - Instituto Federal do Espírito Santo - Vitória) |
Resumo Microrganismos podem viver isolados, em colônias ou em associações complexas com diferentes espécies formando microssistemas fixos em substratos ou suspensos em solução. Tais microssistemas são conhecidos como biofilmes. No ambiente aquático pode-se observar uma função benéfica dos biofilmes, uma vez que participam de processos de remoção e degradação de contaminantes orgânicos e inorgânicos. Dentre os materiais sólidos lançados em corpos d’água cita-se o poli(tereftalato de etileno) (PET) o qual pode servir de substrato para o crescimento microbiano. Este trabalho teve como objetivo analisar a adesão microbiana na superfície de lâminas de PET em ambiente com água salobra. Lâminas de PET com dimensões 3 cm x 7 cm foram submersas em água salobra coletada em região estuarina de Vitória (ES) armazenada em um tanque exposto às condições ambientais naturais de temperatura e iluminação, sendo coletadas para análise da adesão microbiana após 3, 7, 14, 21 e 28 dias, totalizando 5 campanhas. A adesão microbiana nas lâminas de PET foi avaliada quanto à densidade de microrganismos aeróbios heterotróficos mesófilos (UFC/cm²) e quanto ao aspecto visual analisado por microscópio estereoscópico tanto em lâminas sob condições à fresco, quanto fixadas e coradas pela coloração diferencial de Gram. Os resultados mostraram que a adesão microbiana variou no período analisado: 6,4 UFC/cm², na 1ª campanha; 10,7 UFC/cm², na 2ª campanha; 25,7 UFC/cm², na 3ª campanha; 23,6 UFC/cm², na 4ª campanha; e 2,1 UFC/cm², na 5ª campanha. As observações microscópicas mostraram que a adesão começou por pequenos e poucos núcleos de biofilme na 1ª campanha que aumentaram em quantidade e tamanho até a 3ª campanha, quando decaiu, chegando à 5ª campanha com poucos núcleos. Observou-se a presença de microalgas no biofilme a partir da 4ª campanha e o seu aumento na 5ª campanha. As observações realizadas em lâminas à fresco permitiu a melhor visualização da presença de microalgas devido à sua coloração esverdeada, já a observação das lâminas coradas permitiu visualizar melhor a estrutura dos núcleos de biofilme, bem como alguns morfotipos microbianos. Em conclusão, pode-se sugerir que a formação do biofilme evoluiu ao longo do tempo tanto em densidade de microrganismos quanto em variedade e que a metodologia de preparo de lâminas de PET pela coloração diferencial de Gram pode ser uma ferramenta para a observação da sucessão microbiana neste meio suporte em auxílio à técnica de observação à fresco. Palavras-chave: Água salobra, Adesão microbiana, Biofilme |